terça-feira, 26 de maio de 2009

Classificação do Concurso de Poesia do CNO ESEC/UALG

O júri do I Concurso de Poesia do CNO ESEC/UALG atribuiu o 1º Lugar Miguel Anderson (pseudónimo de Hélder Neves) com o poema Nº 47; o 2º Lugar Cicatrizes (pseudónimo literário de Judite Higino) com o poema Nostalgia; o 3º Lugar a Saudade (pseudónimo da poetisa Lisdália dos Santos) com o poema Dança do Corridinho.
Foi ainda atribuída uma Menção Honrosa a António Neves que concorreu com um poema sem título, devido ao facto do seu poema espelhar os princípios do processo RVCC.
A atribuição dos prémios decorrerá pelas 17h30, no dia 30 de Maio, após o Encontro de Poetas, na Feira da Cidadania/Feira do Livro em Lagoa.

Poema vencedor do Concurso de Poesia

N.47

Eis me aqui
carregando nos olhos o azul oceano dos mares longínquos
e na boca, circular e febril
o sol do teu súbito contentamento.

Voltei… e sou aquele que tu pacientemente esperavas
Penélope tecendo em alvos bordados, o linho da demora.

Ulisses, me proclamei à porta do teu quarto…
e tudo o resto foi
viagem, aventura, serei, naufrágio e húmida batalha.

A cama como barco. Os lençóis como velas.
Nós, os Argonautas do Amor.

Beija-me, pediste tu,
roçando a polpa rosada e carnuda dos teus lábios
pelo búzio marítimo do meu ouvido.

E eu beijei, partilhando pelos lábios doces
as derradeiramente algas da manhã
pura e primaveril do nosso reencontro.

Miguel Anderson


O vencedor do Concurso de Poesia foi nosso convidado no programa “Vidas com História”.
Hélder Neves revelou que a sua musa inspiradora é a Mulher. Por outro lado, encontramos, quase sempre, nos seus poemas referências ao mar e à sua cor azul.

CNO sensibiliza para o Diálogo Intercultural



Decorreu no dia 22 de Maio, no CNO em Lagoa, uma Acção de Sensibilização para o Diálogo Intercultural, promovida pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural.
Em Portugal residem, pelo menos, 174 origens nacionais diferentes. Segundo mensagem do ACIDI, aprender a comunicar é fundamental e requer de cada um disponibilidade para se conhecer melhor e se relacionar com os outros sem ‘pré-conceitos’.
Nesta acção estiveram presentes várias técnicas que trabalham na área social no concelho de Lagoa. Ao longo da sessão foram sendo introduzidos conceitos como “Identidade”, “Discriminação”, “Comunicação Intercultural”, “Cooperação”, “Estereótipos”.
A sessão foi muito interactiva porque a formadora utilizou várias dinâmicas de grupo para introduzir os conceitos. Todos os presentes participaram de forma activa e interessada.

terça-feira, 19 de maio de 2009

As Finalistas!



Decorreu no dia 16 de Maio a Bênção das Pastas dos estudantes finalistas da Universidade do Algarve. Uma cerimónia que contou com a presença das famílias e os amigos dos estudantes que festejaram com muita alegria e emoção a concretização do seu projecto universitário.
O estádio de São Luís encheu-se de cor e entusiasmo através das fitas dos diferentes cursos da Universidade do Algarve. O espectáculo com a presença das tunas académicas da universidade do Algarve. Estiveram presentes os Reitor da UALG e o Presidente da Associação Académica.

RVCC, uma oportunidade de concluir o Secundário

Depoimento publicado na Gazeta de Lagoa

O processo RVCC foi uma excelente oportunidade para eu concluir o ensino secundário, por vários motivos:
- Para além da formação para descodificar o referencial, tive a possibilidade de gerir o meu próprio tempo para desenvolver os trabalhos, e marcar as entrevistas de acordo com a minha disponibilidade;
- Foi estimulante recordar e descrever as minhas situações de vida, com as respectivas competências adquiridas ao longo dos anos;
- Como é impossível elaborar os trabalhos sem recorrer a consultas, então relembrei e aprofundei matérias que tinha estudado, mas que já estavam esquecidas; adquiri novos conhecimentos, porque ao desenvolver um tema, desperta o interesse e a curiosidade de aprofundar, ou responder a um porquê. Desenvolvi a minha capacidade escrita e oral.
- A Equipa do RVCC foi excelente a todos os níveis, no relacionamento, na capacidade de comunicar e orientar, na disponibilidade de marcação de entrevistas, e no respectivo atendimento onde verifiquei da existência de pontualidade e responsabilidade, o que nos faz sentir na obrigação de procedermos do mesmo modo.
Para nós trabalhadores, o factor “TEMPO” é muito importante, pois é ele que gere a nossa vida. Neste processo o facto não estarmos sujeitos ao cumprimento de horários fixos diários, e o tempo de formação é curto e espaçado, dá-nos a possibilidade de nós próprios estabelecermos o nosso próprio horário para desenvolvimentos dos trabalhos, e marcação de entrevistas. Por este motivo e outros, recomendo, a todos os que possuem experiência profissional, e que têm o ensino secundário incompleto, que se inscrevam neste processo.
No final, senti-me orgulhosa do meu próprio trabalho, e perguntei-me a mim própria, como é que eu consegui desenvolver textos bem elaborados e organizados?

Muito Obrigado à equipa do RVCC!

Maria João Correia Rodrigues Calado

A Matemática e a nossa vida

Depoimento publicado na Gazeta de Lagoa


O Matemática é sinónimo de cálculos que formam a base das actividades no dia-a-dia, especialmente no mundo orientado para o negócio de hoje. A arte da adição é inseparável da vida. Usamos cálculos simples para compras e descontos rotineiros.
Quando se compra um carro é necessário seguir vários passos; é como se fosse seguir uma receita! Ao decorar uma casa, estamos a usar princípios matemáticos. As pessoas têm usado estes mesmos princípios durante centenas de anos, em todos os países e continentes.
Como é que a matemática pode ser tão Universal????
Primeiro os humanos não inventaram os conceitos matemáticos; descobriram-nos. A linguagem da matemática são números, não é Inglês, nem Alemão nem Russo. Se formos versados nesta linguagem dos números, isso pode ajudar-nos a tomar decisões importantes e ser bem sucedidos na execução das tarefas do dia-a-dia.
Seria óptimo que todas as pessoas tivessem consciência do quanto dependemos da matemática nas nossas vidas, o problema é que as pessoas não fazem nenhuma ideia que ela lá está. Uma maneira de mostrar a importância da Matemática podia passar por colocar uma etiqueta colorida em tudo o que utiliza a Matemática. Haveria uma etiqueta nos computadores, nos bilhetes de avião, no carro, nas canetas, no telefone, nos semáforos, nos filmes, no GPS, no cinema. Só por curiosidade a primeira longa-metragem de animação por computador, TOY STORY, permitiu a publicação de cerca de 20 artigos de investigação a propósito da Matemática envolvida. Basicamente tudo o que existe levaria uma etiqueta colorida por se basear na matemática até mesmo um simples vegetal… Sim actualmente, uma grande parte das plantas que podemos comprar são resultado de um programa de criação comercial longo e complicado no qual a Matemática é essencial. É pena, que a maioria das pessoas não veja a utilidade da matemática, e que muitas vezes, não parem um pouco para reflectir em que situações, pessoais e profissionais, utilizam a matemática no seu dia-a-dia. Grande parte do trabalho que realizo com os adultos em processo RVCC é isto mesmo, ajudá-los a perceber em que situações já utilizam estes conceitos. Sinto-me forçada a repetir a seguinte ideia: “os humanos não inventaram os conceitos matemáticos; descobriram-nos”. Descubra também em que situações a Matemática entrou na sua vida.

Ana Rosário Rodrigues – Formadora de Matemática para a Vida

Entrevista a António Fragoso, impulsionador do RVCC em Lagoa


Entrevista publicada na Gazeta de Lagoa


O Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências de Lagoa (RVCC) abriu em Janeiro de 2006. Encontra-se sedeado no Centro de Estudos e Formação de Lagoa (antiga Escola Jacinto Correia). Foi o quarto Centro inaugurado no Algarve e o primeiro do Barlavento Algarvio. Na altura, o Centro RVCC de Lagoa era tutelado pela Direcção-Geral de Formação Vocacional, hoje substituída pela Agencia Nacional para a Qualificação. Através da portaria nº 370/2008 de 21 de Maio de 2008, os Centros RVCC deram lugar aos Centros de Novas Oportunidades (CNO), alargando o seu âmbito de intervenção. Desta forma, além do processo de RVCC, os Centros de Novas Oportunidades são uma porta de entrada para variadas saídas formativas e educativas.
O Centro RVCC de Lagoa foi criado por iniciativa de docentes do curso de Educação e Intervenção Comunitária (actual curso de Educação Social), tendo, por isso, como entidade promotora, a Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve.
O professor António Fragoso foi um dos mentores deste projecto. Passou pelas funções de coordenador e de director e, por isso, quisemos saber o que o motivou a erguer este projecto e qual a sua opinião sobre os actuais CNOs.

Grupo de Práticas (GP) – O que motivou o professor a criar o Centro RVCC em Lagoa?


António Fragoso (AF)
– Durante dois anos, entre 2003 e 2005, fui avaliador externo dos centros RVCC. Nessa função dirigi cerca de 60 júris no centro RVCC da Associação In Loco e fiquei, na altura, espantado com o poder transformativo que o processo parecia exercer sobre os adultos. Esse foi o motivo principal que me levou a propor aos meus colegas a candidatura da ESEC como instituição promotora dos centros RVCC.

GP – O que acha do modelo de organização introduzido pelos Centros de Novas Oportunidades em que o RVCC é apenas uma das ofertas formativas?

AF – O modelo introduzido pelo Programa N.O. estipula que os centros NO são uma espécie de porta de entrada para todos os adultos que desejem ter acesso ás ofertas públicas de educação de adultos. Depois do diagnóstico, o centro deve encaminhar os adultos para as ofertas constantes no Catálogo Nacional de formação e, basicamente, as ofertas são, relacionadas ou não, o processo RVCC, os cursos EFA, para além dos cursos de aprendizagem do IEFP ou ainda do RVCC- PRO. Estritamente como modelo organizativo, parece-me inteligente, dirigido à poupança de recursos e correspondente à procura de soluções integradas.

GP - Será que os CNO’ vão ao encontro dos objectivos da Educação de Adultos, ou têm em conta apenas um aspecto, nomeadamente o profissional?


AF- Nego veementemente que os centros NO sejam uma oferta de Educação de Adultos. São, sim, uma oferta que se insere nos paradigmas mais fechados da Aprendizagem ao Longo da Vida, o que não é de todo a mesma coisa. A versão portuguesa da ALV privilegia a retórica das competências – que nas condições existentes nos centros, poucas vezes tem que ver com um conceito abrangente de competência, mesmo se levamos em conta aquele definido pela ANQ. Dirige-se ainda para as qualificações e para a formatação dos trabalhadores às novas condições dos mercados de trabalho neo-liberais, sobretudo preocupados com a vertente económica, mesmo quando clamam realizar-se a favor das pessoas. Finalmente, houve nos últimos anos uma grande viragem nas metodologias impostas à rede de centros, de forma a que hoje em dia não são as metodologias próprias da educação de adultos as que prevalecem nos centros NO, mas apenas uma pálida imitação, ao mesmo tempo que as metodologias da educação formal, escolares, se vão impondo, diminuindo o problema do desemprego dos professores, agora chamados educadores de adultos – mesmo quando não entendem a história, os conceitos, os métodos e as técnicas usadas na educação de adultos.

GP - Qual o contributo do curso de Educação Social para o desenvolvimento da Educação de Adultos?

AF- Tal como vista por algumas correntes da Pedagogia Social – que mais tarde em Portugal influenciaram as teorizações da Educação Social, a Educação de Adultos é uma parte integrante do enorme chapéu-de-chuva que é a Educação Social. A relação está, portanto, invertida na vossa pergunta. O que devemos perguntar é como é que a Educação de Adultos contribui para a Educação Social. Mas esta resposta levar-me-ia muito tempo a responder – e portanto, se não se importam, fica para uma próxima oportunidade.

RVCC a “ Oportunidade ” de todos os Portugueses

Artigo publicado na Gazeta de Lagoa


Frequento o “ Centro de Novas Oportunidades de Lagoa ”, no âmbito do Processo de: RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências), o qual reconhece e certifica competências da população adulta activa, através da aprendizagens e experiências de trabalho e de vida, que foram adquiridas ao longo da vida. A demonstração de aptidões ou saber de cada pessoa individualmente em diferentes contextos no seu percurso de vida, atribuindo ao adulto a possibilidade de obtenção de uma certificação de equivalência ao ensino de Nível Básico (4º,6º e 9º ano) e Nível Secundário (12º ano de escolaridade).
É uma “OPORTUNIDADE” de grande relevância para a sociedade portuguesa, permite aumentar o nível de qualificação, é um incentivo à formação dos adultos activos, contribuindo para uma mais-valia no que respeita à empregabilidade. É uma forma diferente de aprendizagem, tornando-se um incentivo ao estudo e cativando com o método praticado.
A caminhada para a conclusão do objectivo, é feita de acordo com a disponibilidade de cada pessoa embora o empenho e dedicação seja uma condição determinante, para que a responsabilidade individual esteja presente de forma a demonstrar aos profissionais que nos apoiam e incentivam em cada sessão, e provar a nós próprios de que somos capazes.
Temos tudo ao nosso dispor para que possamo-nos tornar em profissionais com formação adequada em todas as áreas, é só ter vontade e determinação.
É evidente que todo o processo exige grande disponibilidade. Não creio que seja difícil, mas sim trabalhoso. As dificuldades que senti foram a interpretação do referencial, o qual me dificultou em perceber o que realmente é pretendido, mas com a ajuda dos técnicos do centro, a qual é imprescindível e a simpatia com que todos nos recebem, nos dá alento e força de vontade para que chegue rápido o dia mais esperado, a apresentação de todos os trabalhos elaborados, a Júri para a avaliação final.
Com a obtenção de equivalência ao 12ºano de escolaridade, penso ingressar num curso para tirar carteira profissional da minha área (Contabilidade). Esta oportunidade também me fez voltar a sonhar com o que outrora era supostamente impensável, ir para a universidade, quem sabe… e porque não!
Eu recomendo, divulgo e incentivo ao ensino das “Novas Oportunidades”, espero que a população adira a este conceito de estudo, o qual é a demonstração de todo o nosso saber que está em causa, nos credenciando para um futuro de oportunidades.

Carmen Barreto

António Nunes no Programa Vidas com História


No dia 24 de Abril, na 7ª Edição do Programa de rádio Vidas com História, António Nunes, adulto certificado no nível Secundário no CNO ESE/UALG, partilhou com os ouvintes algumas das suas experiências de vida, nomeadamente na área do voluntariado como Comandante dos Bombeiros Voluntários de Silves na secção de Algoz, seu percurso profissional e as suas viagens pela Europa.
António Nunes considera que o Processo RVCC é algo exigente, e que no seu caso contribuiu para a sua valorização pessoal e o relembrar de memórias esquecidas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Reciclagem em debate no CNO


A Dra. Maria Barros foi a nossa convidada para uma sessão de esclarecimento sobre os Resíduos Sólidos Urbanos e a importância da Reciclagem, no dia 4 de Maio. Os presentes ficaram a conhecer qual o papel da Algar nesta área ambiental. Descobrimos que:
- a reciclagem de uma lata de alumínio permite produzir energia para se ver três horas de televisão;
- para se fabricar uma tonelada de papel gastam-se 100 mil litros de água, mas a mesma produção de papel reciclado apenas gasta 2 mil litros de água;
- 5 garrafas de água de plástico de 1,5 litros permitem criar material para a confecção de uma t-shirt.
É fácil contribuir para um melhor ambiente, basta reciclar!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Depois de terminar o processo RVCC eu vou sentir-me mais apto, mais confiante, e mais feliz por concluir um projecto que há tanto ambicionava

Depoimento publicado no dia 24 de Abril na Gazeta de Lagoa
Na realidade a falta do 12º Ano é nos tempos de hoje uma insuficiência que todos deveriam tentar colmatar.
Sou realista, e devo dizer que também sentia esse vazio em mim, mas ao mesmo tempo, relembrava a minha idade, e algo me dizia que não valia a pena. Porém, não é apenas a idade que conta, mas também a componente do espírito jovem que me acompanha, assim como o interesse pelo conhecimento. Deste modo a vontade de chegar mais além foi mais forte.
Tentei sempre valorizar-me, e reconheço o quanto é importante e gratificante, elevarmos as nossas potencialidades como seres humanos. O bom senso, a humildade e respeito, são as chaves para uma vida mais agradável em qualquer lugar.
E foi assim, ao longo destes tempos, e destas paragens, que adquiri as competências que hoje tenho nas diversas áreas, sempre com vontade de ampliá-las, e adquirir novos conhecimentos para continuar. Pois, se a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, também só pode ser vivida olhando-se para a frente.
Cada vez mais, vivemos o conceito de globalidade, e consequentemente ao possuirmos competências para comunicar em diferentes idiomas, absorver outras culturas de maneira natural, ter boas maneiras, e representar de forma honesta o nosso próprio País, estamos a adquirir mais valias para as nossas profissões, assim como enquanto cidadãos.
É sabido que a competência diz respeito ao conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências, que credenciam um profissional a exercer determinada função. Por isso, o gosto e o prazer que sempre tive em adquirir novas técnicas de serviço de mesa, levou-me a frequentar a Escola de Hotelaria onde tirei vários cursos. Gosto de estar sempre actualizado, e de conhecer até os pequenos pormenores, como por exemplo: a diferença entre despejar e servir o vinho no copo. São técnicas provenientes do curso de Escanção, e que hoje também estou habilitado a dar formação nesta área, pois também possuo o curso de formação de formadores promulgado pelo “I.E.F.P.” Instituto de Emprego e formação profissional. São pormenores que contribuem para a satisfação do cliente, e em Hotelaria, não é importante que o cliente entre satisfeito, mas sim, que saia satisfeito.
Existem sempre novas abordagens, assimilação de conhecimentos e habilidades, que contribuem para o eficiente desempenho do trabalho.
Reunidas as condições necessárias, como a disponibilidade e uma grande vontade de vencer, e aproveitando toda a energia que então me invadia, decidi inscrever-me. Tentei primeiro em Portimão, na área onde resido, mas apercebi-me que havia ali ainda alguma indecisão, e por esse facto decidi inscrever-me aqui em Lagoa neste Centro de Novas Oportunidades. Reconheço que esta foi uma atitude de Herói, pois só estes fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.
Ainda bem que assim aconteceu, pois ao inscrever-me aqui encontrei algo mais que também há muito tempo procurava, ou seja: no decorrer da minha inscrição o Sr. Reinaldo da secretaria, pessoa que muito considero, perguntou-me se tinha e-mail, e eu respondi sim tenho, mas é melhor não mencionar porque eu não domino muito bem essa área, então, o Sr. Reinaldo disse-me: se tem e-mail colocamo-lo, e se não domina muito bem esta área, posso informá-lo que vai começar para a semana um curso de formação e se quiser pode inscrever-se. Ora estava aqui encontrada a solução que há tanto tempo procurava, para um dos meus problemas.
Tratei imediatamente de tudo, e frequentei com prazer aquela formação, pois aprendi e desenvolvi conhecimentos muito importantes na área das novas tecnologias, que são de uma importância vital nos dias de hoje.
Na realidade, a opção por Lagoa foi benéfica em tudo, não esperei muito tempo para ser chamado, e principalmente, porque encontrei aqui uma equipa coesa, composta por pessoas certas no lugar certo, pessoas que se aplicam com dedicação no desempenho das funções que lhes são confiadas. Bem ajam a todos, e continuem assim, pois a forma de estar entre quem aprende e quem ensina, é o primeiro e mais importante degrau para se chegar ao conhecimento e à compreensão.
Devo dizer que era mais ou menos isto que eu esperava, foi muito interessante o desenvolvimento dos trabalhos, as pesquisas que fiz na Internet, assim como ao meu arquivo pessoal. Sem dúvida que tenho recordado e aprendido bastante. Deste modo estou convencido que depois de terminar o processo RVCC eu vou sentir-me mais apto, mais confiante, e mais feliz por concluir um projecto que há tanto ambicionava. É sem dúvida uma mais-valia, que nos coloca num patamar mais elevado, que nos dá mais credibilidade, e ao mesmo tempo sentimo-nos melhor preparados para agir localmente, e pensar melhor globalmente.

Avelino Pereira, Chefe de mesa - Delfim Pestana & Resort Hotel