Iniciei as minhas funções como Profissional de RVC em Setembro de 2008. Apesar de estudarmos o Processo Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) em algumas disciplinas do curso, considero que o estágio valeu-me de muito, pois quando vim para esta instituição a realidade já me era familiar e conhecia o funcionamento e todo método de trabalho, inclusive o lidar com este tipo de público. No entanto, vim exercer uma nova função que apenas conhecia na teoria e assim um novo desafio se aproximava…
Os adultos que ficaram à minha responsabilidade, quer de nível básico quer de nível secundário, já se encontravam em processo, sendo mais outro desafio, conhecer as histórias de vida pessoal de cada um para poder trabalhar com eles o referencial e ir ao encontro das necessidades, gostos e motivações. Visto que alguns adultos já iam a meio do processo foi necessário algum esforço para me apropriar do trabalho de cada um, pois trata-se de um acompanhamento muito personalizado. É fulcral levar em consideração a história e experiência de vida da pessoa que está sentada à nossa frente.
Efectivamente é um trabalho apaixonante e que me cativa cada vez mais, em que todos os dias os adultos têm algo para me ensinar. É óptimo dar ênfase e ajudar a encontrar sentido para os itinerários de cada um. É um trabalho muito exigente que requer muita dedicação, uma entrega! É bastante compensador podermos observarmos as evoluções de um adulto desde que inicia o processo até que o termina. Melhor ainda é vê-los com vontade de mais e mais… sendo bastante importante incentivarmos à continuação do percurso formativo e outros projectos de vida que estejam relacionados com a pessoa em questão. Mas ao fim e ao cabo não são só os adultos que evoluem neste processo, nós técnicos, também crescemos todos os dias um bocadinho…
Para além de tudo, este tipo de processo requer um bom trabalho de equipa e espírito para trabalhar em grupo e não posso deixar de mencionar que não é só com os adultos que estou a aprender e a partilhar. Muito obrigada a toda a equipa do CNO/ESE pela partilha!
Deixo-vos então, uma frase de Agostinho da Silva, “Todo o ser humano é diferente de mim e único no universo; não sou eu, por conseguinte, que tem de reflectir por ele, não sou eu quem sabe o que é melhor para ele, não sou eu quem tem de traçar o caminho; com ele só tenho o direito, que é ao mesmo tempo um dever: o de ajudar a ser ele próprio.”
Daniela Luz, Profissional de RVC
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